quinta-feira, 11 de junho de 2009

YIN E YANG: O Símbolo das Forças opostas


YIN E YANG
O Símbolo das Forças opostas

O Yin e Yang são o homem e a mulher, o sol e a lua, a noite e o dia, Áries e Libra, e assim por diante. Ninguém é totalmente bom, assim como todo homem tem sua essência feminina. O Kung Fu, visa o equilíbrio entre as forças antagônicas. A arte marcial é o domínio de uma profunda energia organizada por cada indivíduo, a filosofia oriental do Yin e Yang. Yin representa o negro e o princípio feminino (sombra), o negativo, a noite, o passivo etc. Yang é o branco e representa o princípio masculino, o positivo, o dia etc. Ambos são diferentes, sem um não poderia existir o outro, um necessita do outro e com o desaparecimento de um deles, o sistema ficaria desaparelhado. Na parte do Yang (branco) existe o Yin, um circulozinho negro e na parte do Yin (negro) existe o Yang, um circulozinho branco; no positivo há o negativo, assim como no negativo há o positivo. O Yin e Yang unidos formam o Supremo Último denominado TaiChi; esta é uma disciplina oriental (da China) muito importante para o homem de nossa era. O erro mais comum é identificar este símbolo como dualidade, quer dizer, Yang como contrário a Yin e vice-versa, o bem e o mal. No símbolo há um ponto branco na zona negra e um ponto negro na zona branca. Isso serve para ilustrar o equilíbrio da vida, posto que nada pode sobreviver por muito tempo funcionando para qualquer extremo - seja o negativismo ou positivismo. Por conseguinte, a firmeza deve ser dissimulada pela gentileza e a gentileza deve ocultar-se na firmeza e é por isso que um praticante de Kung Fu deve ser flexível como uma mola. É de observar que a árvore mais rígida é a que mais facilmente se dobra segundo a direção do vento. Do mesmo modo, seja no Kung Fu ou em qualquer outro sistema, é preciso ser gentil sem ceder completamente; ser firme mas não duro e ainda quando se é forte se deve resguardar da força com brandura e ternura, pois se não há brandura na firmeza, não se é forte; de uma maneira similar, se possui firmeza dissimulada com brandura, ninguém poderá penetrar a própria defesa. Este princípio de moderação provê o melhor meio de autopreservação, pois já que aceitamos a existência da unidade (Yin e Yang) em tudo e não lhe aplicarmos um tratamento de dualidade, asseguramos, dessa maneira um estado de tranqüilidade, permanecendo separados e não nos inclinando para algum extremo. Ainda quando nos inclinamos para um dos extremos, seja o positivo ou o negativo, fluiríamos juntos com ele a fim de controlá-lo. Esta maneira de fluir com ele sem se aderir a ele é a verdadeira forma de libertar-se dele. Quando os movimentos de Yin/Yang fluem para os extremos, ocorre a reação. Porque quando Yang vai ao extremo, se transforma em Yin e quando Yin (ativado por Yang) vai ao extremo regressa a Yang (assim é que cada resultado e causa do outro). Por exemplo, quando se trabalha até o sucesso, se cansa e se tem que descansar (o Yang ao Yin). Depois do descanso pode trabalhar de novo (do Yin ao Yang). Esta incessante mudança de Yin e Yang é sempre contínua. A aplicação da teoria de Yin/Yang no Kung Fu se conhece como a Lei da Harmonia, na qual se deve estar em harmonia com, e não contra, a força do oponente. Suponhamos que A aplica força a B, B então deve se opor nem ceder totalmente. Porque estes não são senão os extremos opostos à reação de B. Por outro lado, ele deveria COMPLETAR a força de A, com força menor, levando-o para a direção de seu próprio movimento. Assim como o açougueiro conserva sua faca cortando ao longo do osso e não contra ele, um homem no Kung Fu se preserva seguindo os movimentos de seu oponente, sem oposição, sem disputar (Wu-Wei, ação espontânea ou espiritual.) Essa assistência espontânea ao movimento de A, tal como o dirige, resultará em sua própria derrota. Quando um homem Kung Fu finalmente compreendeu a teoria do Yin/Yang, ele já não jogará com a chamada gentileza ou firmeza. Ele simplesmente faz, atua de acordo com os requerimentos do momento. Ele não tem a necessidade de justificar-se como tantos outros mestres que se viram obrigados, manifestando seu espírito ou força interna. Para ele, com vista a um grande futuro, o cultivo da Arte Marcial regressará à simplicidade; somente pessoas de pouca cultura se justificam ou se gabam.

3 comentários:

  1. Texto muito bom pra quem quer entender mais um pouco da filosofia do kung fu u_u

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  2. Estou gostando do blog porque dá para dá um aporte teorico...
    Boa leitura a todos e todas.

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  3. Uma apostila digital.. To adorando, pois serve pra esclarecer algumas duvidas e achar melhores maneiras de passar isso nao só para o kung fu, mas pra vida prática mesmo.

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